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domingo, 13 de novembro de 2011

Maratona do Porto 2011

Tenho tido a sorte de em todas as Maratonas do Porto em que participei (2006, 2007 e 2011) ter boas histórias de companheirismo para contar.Em 2006, o Nuno para além de partilhar comigo um excelente fim-de-semana ofereceu-me a sua excelente capacidade de lebre que me permitiu pela primeira vez ficar na casa das 3h30m (3h30m58s mais precisamente). Em 2007 fui tentado a fazer a mesma prova com o objectivo de roubar aqueles 58s que me estavam atravessados na garganta nesse ano o amigo Bento e a sua família ofereceram-me um fim-de-semana em família, com todos os mimos que uma família impecável pode dar a um amigo. Foi um fim-de-semana fantástico que recordarei sempre apesar de desportivamente não ter corrido muito bem, pois pela primeira vez embati violentamente“no muro” e terminei 3h48m32s.

Em 2011 mais uma vez tive o companheirismo de dois amigos e das suas famílias que se deslocaram de propósito ao Porto para fazerem alguns km comigo não permitindo que eu palmilhasse os 42195m da prova sozinho. Hoje em dia quando todos vamos sentindo que os valores de amizade e de companheirismo se perdem e são substituídos por outros menos nobres, receber estes pequenos grandes gestos deixa a nossa alma completamente cheia e fazem-nos sentir que afinal vale a pena estar cá. Há coisas que não se esquecem e que não se agradecem…retribuem-se.

(foto Isabel)

A prova
A Maratona do Porto continua acrescer. A qualidade da organização é excelente onde tudo é organizado com muita simplicidade, qualidade e carinho pelos participantes. Claro que em todas as organizações há pormenores a melhorar como por exemplo o tempo de espera exagerado para levantar os dorsais. Em termos de número de atletas que terminam a prova esta continua a crescer ano após ano. Segundo a organização, cerca de 1500 atletas terminaram este ano, o suficiente para já não nos sentirmos sozinhos no final da prova. É sem margens para dúvida uma prova de qualidade superior com o comprova alguns comentários deixados por atletas estrangeiros.

A performance
Por um conjunto de razões variadas esta talvez tenha sido a prova em que menos levei a sério os treinos. A única coisa que foi cumprida a rigor foram os longões (fiz menos de metade dos km inicialmente planeados). O resto foi pouco e muito ao sabor da minha disposição. Por isso fui para o Porto sem muitas espectativas de uma boa performance. Só tinha o objectivo de terminar e tirar o maior gozo possível da prova.

O meu objectivo inicial era chegar até aos meus amigos, por volta dos 16km, em bom estado físico, para poder gozar a sua companhia. Sem fazer muitas contas de cabeça e sem muitas preocupações de relógio lá fui andando a um ritmo um pouco melhor do que tinha como expectativa inicial. Desci a Boavista a cerca de 4:45/km e depois em terreno plano meti a 5ª e lá fui andando entre os 4:50/km 4:55/km até à meia. Aproveitei a boleia de um grupo muito certinho que trazia alguns atletas da equipa Açoreana Clube Banif, entre eles estava uma atleta que a muito admiro, Lúcia Oliveira, pela sua postura dentro do pelotão. Esta equipa teve uma representação no Porto de louvar. A partir dos 15km tive que deixar o grupo pois iam num andamento elevado demais e se eu continuasse atrás dele iria encontrar novamente o muro na maratona do Porto.


Foi com grande alegria que encontrei o Luis, a minha primeira lebre, por volta dos 17km senti que a partir dai tudo iria correr bem, pois as minhas lebres não me deixariam esmorecer.

(foto Isabel)

A Zona da cidade de Gaia foi cumprida a bom ritmo mas no final e antes de entrar na ponte que me levava novamente para a cidade do Porto senti pela primeira vez que o cansaço estava definitivamente instalado (mais ou menos aos 25km) e o ritmo iria decair paulatinamente até ao fim.



O que vale é que em cima da Ponte estava a minha segunda lebre. Quando vi o Pedro as minhas pernas ganharam um novo ânimo para mais uns km’s (sol de pouca dura).

(foto Isabel)

A partir dai e apesar de estar a andar cada vez mais devagar comecei a ultrapassar muitos companheiros que já estavam em zona de sofrimento maior do que a minha.

A partir dos 30km o Pedro e o Luís, começaram achar que o objectivo que eles tinham traçado para mim (fazer menos de 3h30m - loucos) começava ser muito difícil de alcançar e já só olhavam para trás para ver se o balão das 3h30 não nos ultrapassava. A jeito de brincadeiras diziam “nem que tenhamos que passar-lhe uma rasteira”, mas não foi preciso ele não me alcançou (chegou imediatamente a seguir a mim) pois também estava atrasado.



(foto Marathon Photos)



Apesar da pequena subida da Boavista ter sido muito dolorosa acabei num tempo muito melhor que as minhas expectativas iniciais (3h31m01s) e com vontade de chegar às 20 maratonas brevemente. Vamos ver o que 2012 me reserva.

(foto Marathon Photos)


OBRIGADO AMIGOS!