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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Todo partido

Tenho dores musculares como se tivesse corrido uma maratona. Bastou um a aula de surf de manhã e uma futebolada à noite.

domingo, 13 de novembro de 2011

Maratona do Porto 2011

Tenho tido a sorte de em todas as Maratonas do Porto em que participei (2006, 2007 e 2011) ter boas histórias de companheirismo para contar.Em 2006, o Nuno para além de partilhar comigo um excelente fim-de-semana ofereceu-me a sua excelente capacidade de lebre que me permitiu pela primeira vez ficar na casa das 3h30m (3h30m58s mais precisamente). Em 2007 fui tentado a fazer a mesma prova com o objectivo de roubar aqueles 58s que me estavam atravessados na garganta nesse ano o amigo Bento e a sua família ofereceram-me um fim-de-semana em família, com todos os mimos que uma família impecável pode dar a um amigo. Foi um fim-de-semana fantástico que recordarei sempre apesar de desportivamente não ter corrido muito bem, pois pela primeira vez embati violentamente“no muro” e terminei 3h48m32s.

Em 2011 mais uma vez tive o companheirismo de dois amigos e das suas famílias que se deslocaram de propósito ao Porto para fazerem alguns km comigo não permitindo que eu palmilhasse os 42195m da prova sozinho. Hoje em dia quando todos vamos sentindo que os valores de amizade e de companheirismo se perdem e são substituídos por outros menos nobres, receber estes pequenos grandes gestos deixa a nossa alma completamente cheia e fazem-nos sentir que afinal vale a pena estar cá. Há coisas que não se esquecem e que não se agradecem…retribuem-se.

(foto Isabel)

A prova
A Maratona do Porto continua acrescer. A qualidade da organização é excelente onde tudo é organizado com muita simplicidade, qualidade e carinho pelos participantes. Claro que em todas as organizações há pormenores a melhorar como por exemplo o tempo de espera exagerado para levantar os dorsais. Em termos de número de atletas que terminam a prova esta continua a crescer ano após ano. Segundo a organização, cerca de 1500 atletas terminaram este ano, o suficiente para já não nos sentirmos sozinhos no final da prova. É sem margens para dúvida uma prova de qualidade superior com o comprova alguns comentários deixados por atletas estrangeiros.

A performance
Por um conjunto de razões variadas esta talvez tenha sido a prova em que menos levei a sério os treinos. A única coisa que foi cumprida a rigor foram os longões (fiz menos de metade dos km inicialmente planeados). O resto foi pouco e muito ao sabor da minha disposição. Por isso fui para o Porto sem muitas espectativas de uma boa performance. Só tinha o objectivo de terminar e tirar o maior gozo possível da prova.

O meu objectivo inicial era chegar até aos meus amigos, por volta dos 16km, em bom estado físico, para poder gozar a sua companhia. Sem fazer muitas contas de cabeça e sem muitas preocupações de relógio lá fui andando a um ritmo um pouco melhor do que tinha como expectativa inicial. Desci a Boavista a cerca de 4:45/km e depois em terreno plano meti a 5ª e lá fui andando entre os 4:50/km 4:55/km até à meia. Aproveitei a boleia de um grupo muito certinho que trazia alguns atletas da equipa Açoreana Clube Banif, entre eles estava uma atleta que a muito admiro, Lúcia Oliveira, pela sua postura dentro do pelotão. Esta equipa teve uma representação no Porto de louvar. A partir dos 15km tive que deixar o grupo pois iam num andamento elevado demais e se eu continuasse atrás dele iria encontrar novamente o muro na maratona do Porto.


Foi com grande alegria que encontrei o Luis, a minha primeira lebre, por volta dos 17km senti que a partir dai tudo iria correr bem, pois as minhas lebres não me deixariam esmorecer.

(foto Isabel)

A Zona da cidade de Gaia foi cumprida a bom ritmo mas no final e antes de entrar na ponte que me levava novamente para a cidade do Porto senti pela primeira vez que o cansaço estava definitivamente instalado (mais ou menos aos 25km) e o ritmo iria decair paulatinamente até ao fim.



O que vale é que em cima da Ponte estava a minha segunda lebre. Quando vi o Pedro as minhas pernas ganharam um novo ânimo para mais uns km’s (sol de pouca dura).

(foto Isabel)

A partir dai e apesar de estar a andar cada vez mais devagar comecei a ultrapassar muitos companheiros que já estavam em zona de sofrimento maior do que a minha.

A partir dos 30km o Pedro e o Luís, começaram achar que o objectivo que eles tinham traçado para mim (fazer menos de 3h30m - loucos) começava ser muito difícil de alcançar e já só olhavam para trás para ver se o balão das 3h30 não nos ultrapassava. A jeito de brincadeiras diziam “nem que tenhamos que passar-lhe uma rasteira”, mas não foi preciso ele não me alcançou (chegou imediatamente a seguir a mim) pois também estava atrasado.



(foto Marathon Photos)



Apesar da pequena subida da Boavista ter sido muito dolorosa acabei num tempo muito melhor que as minhas expectativas iniciais (3h31m01s) e com vontade de chegar às 20 maratonas brevemente. Vamos ver o que 2012 me reserva.

(foto Marathon Photos)


OBRIGADO AMIGOS!

segunda-feira, 18 de abril de 2011


Faz hoje cerca de uma semana que terminei a Maratona de Milão. Hoje e depois de uma semana já posso dizer de forma mais tranquila “já cá canta mais uma”, pois quando a terminei o já cá canta sabia um pouco a fel. Claro que já sofri muito mais noutras Maratonas mas em nenhuma outra tive tanta vontade de desistir. Mas como sempre... nem tudo foi mau.

Desta vez a equipa em prova era mais reduzida mas durante os treinos contou com todo o apoio possível e imaginável de tal forma que íamos cheio de vontade de dar cabo do asfalto de Milão. Todos tínhamos os nossos objectivos, uns mais secretos que outros, que tentaríamos alcançar. O Lucas queria terminar a sua primeira Maratona e se possível baixar das 4h, o Luís numa forma fantástica espreitava o seu record ou pelo menos baixar novamente das 3h eu queria fazer mais uma vez os mínimos para Boston 3h30m. Uma equipa fantástica separada por meias horas.

No dia anterior à prova, como é tradicional, fomos à feira da Maratona levantar os dorsais. Grande desilusão. Sinceramente esta foi a feira de Maratona mais fraca em que alguma vez já estive. A entrega dos dorsais era rápida e eficiente mas o resto quase não existia o que me surpreendeu pois já tinha feitos duas outras Maratonas em Itália (Roma e Florença) e as feiras das Maratonas eram muito boas.

Depois de irmos buscar os dorsais fomos fazer a nossa tradicional e rápida pela cidade. Milão surpreendeu-me pela positiva, depois de algumas informações negativas que me tinham dado.

Milão não é certamente tão antiga, tão rica em história ou tão monumental como outras cidades italianas, mas é sem dúvida, uma cidade sofisticada e cosmopolita e nisso é, certamente superior às outras que conheço, deslumbrantes mas caóticas como Roma. Sem dúvida que Milão é a capital das compras as zonas comerciais da cidade onde se perfilam lojas de nomes tão sonantes como Armani, Dolce & Gabbana, Chanel, Versace, ou Prada são um ponto de visita obrigatório mas sair de lá com compras é quase proibido para estes portugueses pelintras.

Na noite anterior e depois do abastecimento necessário dos hidratos de carbono a equipa estava pronta. O Lucas começava a ficar nervoso o Luís combatia a sua chata constipação com a sua incomparável determinação e eu estranhamente não estava com muita vontade.

De manhã lá fomos para a partida de metro. A partida da prova é feita de um local amplo. A organização é muito simples e organizou de forma extremamente eficaz os cerca de 4000 maratonistas que se apresentaram à partida.

Quando parti e como não me sentia muito motivado achei que o melhor era seguir as “lebres” das 3h30m e depois logo se veria o que se iria passar.

E lá fui eu muito tranquilo no meu passinho passando aos 5km (24:26) e aos 10km (49:09) logo ai vi que não estava nos meus dias pois doía-me um pouco as pernas e a alma. Aí decidi que deveria ir na calma sem ambições e sem forcar a vontade. Aos 15km (1:14:15) continuei tranquilo umas vezes bem atrás dos marcadores de ritmo e outras à frente deles. Fiquei extremamente impressionado com o trabalho dos maracdores de ritmos sempre a apoiar o seu pelotão, quer com palavras de apoio quer apanhado resmas de àgua nos abastecimentos e distribuindos pelos seus seguidores. Trabalho fantastico que tive pena de não conseguir acompampanhar até ao fim.

A meia-maratona foi atingida dentro dos objectivos (1:44:39) mas a partir dai as coisas começaram a “andar para trás” aos 23km definitivamente perdi o meu grupo e logo vi que era o “princípio do fim”, as dores de pernas começavam a adensar-se, mas lá mantive-me sem muita perda até aos 25km. A partir daí começou o sofrimento.

O último vislumbre de energia foi Piazza del Duom onde o apoio do público teve algum efeito, depois… “BUM”. A partir dos 28Km comecei a procurar insistentemente por uma estação de Metro para que eu pudesse regressar ao hotel, mas felizmente não encontrei nenhuma. E lá continuei eu o meu calvário cada vez mais lento e fazendo as minhas contas. Do tipo… “se calhar ainda entro das 3h35” depois passou para 3h37 e no final já me contentava em entrar antes das 3h40.

Bom lá conseguiu chegar a custo e com o piloto automático ligado lutando também contra algum calor (cerca de 25C). A prova não me correu muito bem (3h39m29s) mas gostei imenso de quase tudo, excepção feita à feira. A organização está de parabéns pois acarinhou sempre os corredores dando-lhes todas as condições para dar cabo do asfalto da forma que cada mais gostasse e pudesse.

A prova também não correu a 100% aos meus companheiros, o Luís fez 3h05 o que nas condições de saúde que estava foi excepcional e o Lucas consegui terminar quase dentro do seu objectivo 4h01.

A dor já passou já estou a pensar na próxima.

domingo, 3 de abril de 2011

MARATONA nº 16

De hoje a uma semana vou fazer a minha 16 Maratona em Milão, quase 18 de meses depois da última (Maratona de Nova York). Este longo interregno ficou a dever-se a alguns problemas de saúde e pequenas lesões que tive durante este período.

Esta maratona foi preparada com muita calma para que as lesões não voltassem. O plano de treino específico, de 15 semanas, começou na última semana de Dezembro, mas o recomeço dos treinos, regulares começou antes no final de Setembro.

O plano foi cumprido quase à risca com um pequeno desvio (6% na Quilometragem). Para mim, como para todos nós, o que é mais difícil é arranjar tempo para tanta hora treino (foram 72h de treino efectivo onde foram percorridos 820km). O que vale são os amigos que têm pachorra em nos acompanhar e connosco sofrerem. A forma foi aparecendo paulatinamente e como prevíamos o que nos permite ir para Milão com a sensação de “dever cumprido”.

Viajo para Milão acompanhado de dois amigos que vão sofrer comigo os 42,195km da praxe.

Todos os três temos objectivos diferentes. O Luís, apesar de não confessar e se tudo correr bem vai dar cabo do seu record. O Bruno vai fazer a sua primeira experiência e vai conhecer o “demónio” da distância. Eu como sempre quero acabar e depois penso que se tudo correr bem posso andar perto do ritmo de 5:00/Km, ou seja, terminar não muito longe do objectivo com que me inscrevi 3h30m. Logo vereemos, daqui a uma semana e meia aqui deixarei o meu relato.

Até lá BOAS CORRIDAS.