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domingo, 19 de dezembro de 2010

Regresso

É natal e talvez por isso deu-me a vontade de voltar a deixar algo aqui, depois de 8 meses de ausência. Também eu como os atletas que se reformam e depois lhes dá aquela saudade… assim eu volto. O motivo é o Natal e não só. Depois de há mais de 1 ano ter feito a minha última Maratona (Nova Yorque) resolvi que devia voltar outra vez às lides. Elegemos desta vez a cidade de Milão, pois pareceu-nos que a Maratona era simpática e de fácil acesso. Sei pouco da mesma e já vi que contará com a presença de vários atletas do PORTO RUNNERS. Quem souber mais sobre a mesma agradecemos todos os comentários.

Entretanto já no próximo domingo 26 estarei mais uma vez na simpática S. Silvestre de Lisboa para correr à noite na cidade. Nos últimos anos esta simpática prova tem evoluído imenso e penso que a partir deste ano tornar-se-á um dos eventos mais marcantes da corrida na cidade de Lisboa.

Aqui deixarei o relato.

BOM NATAL A TODOS.

domingo, 19 de setembro de 2010

Newcastle Set 2010

Como já não publico neste Blogue há muito tempo, o "regresso" merecia um post especial...
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Aqui vai, sem mais comentários!



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Como este blog anda um pouco adormecido…

Estas férias decidi finalmente regressar às corridas.
Com 65 Kgs e um bela “pança” a situação não podia continuar mais.

Por isso amigos… estou de volta.

PS: Para provas ainda é cedo. Talvez lá para Setembro…

segunda-feira, 3 de maio de 2010

De um ponto de vista diferente.


Em 2005 em Paris, com mais dois amigos, fiz a minha primeira Maratona internacional. Foi uma experiência inesquecível que sempre achei que teria de repetir. Quando há cerca de 6 meses surgiu a hipótese de estar mais uma vez em Paris, nem hesitei... Ai vou eu. Tentei desencaminhar o maior número de maratonistas possível, mas por variadas razões só conseguimos ir 4 corredores e 4 apoiantes.

Foto do grupo (falta o fotografo JOCA)

Durante o projecto PARIS passei por momentos conturbados que me foram obrigando a alterar os meus objectivos desportivos.
Inicialmente, e após terminar a Maratona de Nova York (e como esta correu acima das expectativas) achei que em PARIS, e se treinasse bem, poderia bater ou ficar muito perto da minha melhor marca na distância.
Numa segunda fase, e depois de ter passado por um período onde não me apetecia treinar resolvi baixar as expectativas – agora o objectivo era terminar abaixo das 3h30m (mínimos para BOSTON em 2011).
Mais à frente, quando tomei a resolução que tinha chegado a altura de ser operado para remover o meu inestético quisto sinovial, focalizei o objectivo em acompanhar a minha amiga Ana na sua primeira aventura na distância (para vos dizer a verdade este foi o objectivo que mais me motivou).
Depois de 21 dias de paragem regressei aos treinos em força e abusei... e como seria de esperar passado 1 semana estava lesionado (já devia ter experiência para não fazer estas infantilidades).
O objectivo agora era TERMINAR e acompanhar durante o maior período possível a ANA.
Mas para isso ainda tinha que fazer uns treinos. Mas como não os consegui fazer (a lesão não me largava) resolvi que era preferível não levar os ténis para Paris e juntar-me à equipa dois apoiantes.

Ao fazer a mala e como descargo de consciência coloquei uns calções, uma camisola, os ASCIS e pedi emprestado uma pequena máquina fotográfica (nunca se sabia).
No avião resolvi que talvez conseguisse fazer à partida (todos Champs Élysées) com Ana e terminar com ela na Avenida Foch.

É sempre bom voltar a Paris, apesar de há 10 anos a esta parte ir lá pelo menos 1 vez por ano (nem que seja só de passagem). É uma cidade muito bonita onde gosto de estar, comer um croissant e ver os transeuntes com uma bela baguete debaixo do braço.
Como estava sem preocupações de corrida e como tive possibilidade de desfrutar, pela primeira vez nestes eventos, da companhia da minha filhota tentei proporcionar-lhe um pequeno olhar à cidade luz. Apesar dos constrangimentos próprios dos corredores e os ditados pela curta estadia ainda assim conseguimos “ver” a cidade: Torre Eiffel, passeio de barco no rio Sena ao fim do dia, visita à feira da Maratona (muito pobre quando comparada com Nova York), visita exterior da igreja do Sacré Coeur e ver os pintores em Montmartre (talvez o momento alto para a minha filhota).






















Esta era a minha oportunidade de viver uma Maratona do outro lado. Vesti-me a rigor, levantei-me à hora dos outros corredores para tomar um bom pequeno-almoço, fui com os atletas no metro até ao Arco de Triunfo, tirei a foto da praxe antes da partida e entrei no curral esperando pela partida. Até parecia que ia fazer uma Maratona. Não é que não estivesse cheio de inveja daquela malta toda. Mas desta vez os planos eram menos ambiciosos mas não menos importantes. Tinha que fazer a guarda de honra durante a partida e nos primeiros 5km à melhor atleta da GAFE. Apesar do ambiente à partida ser extraordinário, fiquei um pouco frustrado pois nada tinha a ver com aquilo que eu tínhamos vivido há 5 anos atrás. Claro que o ambiente não deveria ser muito diferente, mas os “meus olhos” é que eram outros.
Tenho a dizer que em termos de organização esta Maratona está muito atrás de outras onde já tive presente, então se comprarmos com Londres Nova York ou Berlim esta Maratona ainda está na infância.

Lá corri os meus primeiros 5km tentando tirar o máximo de fotografias possível (tarefa muito difícil) no meio da multidão. Claro que descer os Champs Élysées, no meio daquela mole humana é uma emoção.

Depois dos primeiros km’s, parei e fui ter com o resto dos apoiantes da equipa. Foi uma alegria encontra os meus amigos junto daquela malta toda. Depois fomos de metro para o segundo ponto de encontro perto dos 22km. A facilidade de deslocação entre os diferentes pontos da Maratona é um dos pontos altos desta prova pois os acompanhantes facilmente podem acompanhar os seus atletas em diferentes pontos do percurso utilizando para isso a excelente rede de metro da cidade.

Durante a espera dos atletas tive pela primeira vez a verdadeira consciência da importância dos acompanhantes. Eu já sabia que eles eram muito importantes para nós atletas, pois ver uma cara conhecida ao longo do percurso dá-nos muito animo. Não tinha era consciência do que eles sofrem para nos acompanhar:
  • frio;
  • fome;
  • cansaço pela correia sempre de um lado para o outro;
  • cansaço enorme pela espera;
  • desespero pelo milhares de atletas que têm que olhar durante a nossa procura,
  • desespero pela incerteza que vivem ou não saber se no momento em que piscram os olhos nós passamos;
  • etc, etc

A partir de agora vou dar ainda mais valor a todos aqueles que andando atrás de nós nos dão mimos durante as nossas loucuras. SÃO OS MAIORES!

O final da corrida, foi um dos momentos mais emocionantes que vivi em Paris, pois ao ter o privilégio de acompanhar a minha amiga na finalização desta demanda, senti algumas das emoções que ela viveu e recordei algumas das que já tive.
PARIS foi bom. Mas sabem... o que eu gosto mesmo é de correr...

domingo, 21 de março de 2010

Meia Maratona de Lisboa

Hoje vi a prova na televisão. Grande recorde do mundo do eritreu Zersenay Tadese. As lebres que ele tinha disponível não serviram para nada pois ele sozinho, e num novo percurso, conseguiu conquistar o prémio de 50 mil euros.

Eu faltei mais uma vez a esta confusa mas bonita prova. O recomeço em ritmo exagerado, na tentativa de recuperar o tempo perdido, depois da minha operação provocou uma pequena rotura no gémeo que não desaparece. A consequência é simples... já não há MARATONA DE PARIS, ou melhor, eu vou lá mas só passear e acompanhar os outros atletas e se até lá dor no gémeo desaparecer fazer os últimos km com Ana que hoje foi fazer o seu ultimo longão (meia +14km) na companhia da sua fabulosa equipa (entretanto aguardo noticias).

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Recomeço

Fez hoje 24 dias que corri pela última vez... já estava “atrofiar”. Como não aguentava mais este definhar aproveitei a boleia do Pedro, e numa janela de bom tempo, fui fazer o meu “primeiro treino” a contar para a Maratona de Paris (11/4). Pois é... faltam só 6 semanas. E os meus objectivos são muito grandes – terminar.

Foi um treino muito bom pelos arredores da Cruz Quebrada/Belém. Estava sol, boa temperatura, a conversa foi boa e houve muito sofrimento nos 12,7km. Para “primeiro” treino não foi mau. Mas no fim já deitava os bofes pela boca só me lembrava do grande atleta Homer.

Há que sofrer.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

para mais tarde recordar

14 de Fevereiro de 2010 - 20 km de Cascais

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pois é..

Pois é... só faltam 7 semanas para PARIS, a boa forma devia começar a transbordar... mas não é verdade, pois neste período de interregno de escrita resolvi tratar do meu maldito quisto sinovial. A remoção deste “apêndice” obriga-me a estar inactivo já há 3 semanas, o que para um “corrida dependente” é algo complicado mesmo que esteja em período de remissão. O que vale é na próxima terça-feira que vou tirar os pontos e espero que a partir dai tenha novamente ordem para recomeçar devagarinho a tentar recuperar o tempo perdido. Entretanto outros parisienses continuam a treinar na medida das suas possibilidades como retrata a foto que acompanha esta crónica. Hoje foram cerca de 28km (assim o espero) bem durinhos (muita chuva e vento), mas o que é isso quando estamos cheios de vontade. GRANDE INVEJA.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

...em que penso enquanto corro

“...Perguntam-me muitas vezes em que penso enquanto corro. Regra geral, as pessoas que fazem esta pergunta nunca participaram em corridas de fundo. A pergunta dá-me sempre pano para mangas. Vendo bem, em que penso eu, exactamente, enquanto corro? Para dizer a verdade, não tenho a mínima ideia. Nos dias frios, devo pensar vagamente no frio que faz, e nos dias quentes, a mesma coisa, com a diferença, calculo, de os meus pensamentos incidirem sobre 0 'calor. Quando me sinto triste, penso um bocadinho na tristeza. Quando estou contente, penso mais ou menos na felicidade. Também sou muitas vezes assaltado, como disse antes, por acontecimentos do passado, sem nenhuma ordem lógica E acontece, uma ou outra ocasião (muito raramente, confesso), encontrar uma pista que poderei vir a utilizar num romance. Na realidade, quando corro não costumo pensar em nada que mereça a pena ser referido. Corro, só isso. Corro no vazio. Dito de outro modo: corro para atingir 0 vazio. No entanto, há sempre um pensamento ou outro que acaba por se introduzir nesse vazio. O espírito humano não pode ser um vazio completo. As emoções dos homens não se revelam suficientemente fortes ou consistentes, ao ponto de alber­garem 0 vazio. Quero com isto dizer que os pensamentos e ideias que invadem o meu espírito enquanto corro permanecem subor­dinados a esse espaço oco. Na medida em que lhes falta conteúdo, mais não são do que pensamentos ao correr da pena que têm como eixo a natureza do próprio vazio. As coisas que me vêm a cabeça enquanto corro são como nuvens no céu. Nuvens das mais diferentes formas e de diferentes tamanhos, que vão e vêm enquanto o céu permanece o mesmo de sempre...”


excerto do livro de Haruki Murakami (2009). Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo. Casa das Letras.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

5 a 2

Esta semana levei uma abada. A preguiça ganhou-me 5 a 2, pois só consegui correr 2 vezes: no dia 1 em Viana do Alentejo, a ritmo de caracol e ontem, dia 3, em Lisboa a ritmo de turista.

O ritmo de turista é um novo tipo de treino que vai passar a estar presente nos meus planos de treino o ombreando com as séries, os fartleks, os ritmos, os semi-longos, os longos, etc.

O princípio do treino é simples mas necessita de pelo menos duas pessoas. Uma delas tem assumir o papel de guia (não há “bom turismo” sem um guia) e deve levar o grupo por onde a sua alma indicar. Depois deve variar ao máximo os ritmos, os pisos, a inclinação do percurso e a conversa. O treino não tem limite de tempo nem percurso preestabelecido. Tudo deve ser deixado ao acaso. Ontem foi assim.

mapa do treino turista

perfil do treino turista

ritmo do treino turista