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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As minhas Maratonas

Antes de fazer a minha 13 Maratona resolvi deixar-vos uma retrospectiva, até então nunca feita, dos momentos mais altos das anterior 12.

Lisboa (Dezembro 2003)
4:01:35 (68,5kg)

A primeira nunca se esquece. Tinha começado a correr em Junho de 2002 e passo a passo cheguei aqui. Comecei pelos 10Km, fiz 3 meias e em Setembro desse ano resolvi que estava na altura de experimentar uma coisa mais longa. Antes de começar a prova senti que ainda não estava preparado para consegui completar uma Maratona e decidi que só iria fazer 32km. Fui munido com uma nota para em Algés (local dos 32km) regressar de transportes públicos. Quando lá cheguei estava bem e resolvi “porque não tentar chegar ao fim”. E cheguei... sem nunca parar. Foi fantástico. Muitas recordações, “para mais tarde recordar”. Entre elas a sensação única de descer escadas.

Lisboa (Abril 2004)
3:58:09 (69,5kg)

Segunda experiência. Já construí um plano de treino. Esta foi talvez a Maratona mais bem organizada em que participei em Portugal (uma pena ter tido uma única edição). Partida no estádio do Restelo e chegada no Cais do Sodré , percurso giro mas duro. Choveu na maior parte do percurso. Os últimos 5km’s forma feitos em grande parte a andar. Ao chegar tinha os mamilos em sangue (nunca mais aconteceu).

Lisboa (Dezembro 2004)
3:54:28 (68Kg)

Desta prova, poucas coisas me recordo: Foi a primeira prova em que parti ao lado do Pedro Teixeira (fez a meia-maratona); esqueci-me dos gel’s em casa; prova mal organizada; vento contra em parte da prova.

Paris (Abril 2005)
3:43:12(65kg)

Primeira experiência internacional. Inesquecível. A preparação foi feita ao pormenor. Contei pela primeira vez com a companhia de dois amigos (Pedro Oliveira e Nuno) que fizeram a sua estreia na distância. Chegamos com 3 dias de antecedência a Paris e ficamos num Hotel muito perto da partida. Todos os dias têm uma história bonita, mas o dia da prova... uau... tanta gente. A Partida na Avenida Champs Élysées foi... ao recordar toda esta prova fico completamente feliz. Pela primeira vez corri com mais de 30000 mil atletas (fui sempre acompanhado por uma mar de gente). UM DIA VOU VOLTAR A FAZÊ-LA.

Barcelona (Março 2006)
3:37:52 (67kg)

Primeira prova internacional da GAFE (eu, Nuno, Pedro Oliveira e Pedro Teixeira). Pela primeira vez tentei os mínimos para a Maratona de Boston no meu escalão etário (3h30m). Na véspera, da prova, esteve uma “equipa” em completa harmonia a jantar uma excelente refeição confeccionada, pelo nosso nutricionista, aonde se destacava um belo vinho tinto “Sangre del toro“. Prova num percurso histórico muito bonito onde pela primeira vez foi gritado a palavra de sofrimento da Gafe (KUNAMI).

Porto (Outubro 2006)
3:30:58 (66,5kg)

No verão de 2006, eu e o Nuno, resolvemos passar parte da época estival a treinar pensando nesta prova. Esta, que estava então a sua segunda edição, tem o mais belo percurso de todas as Maratonas portuguesas em que participei ao qual se junta uma organização muito boa. Foi uma prova onde pela primeira vez contei com uma “lebre” que me marcou o ritmo até aos 30km. Os últimos 5km’s foram muito dolorosos, em particular parte da subida da Boavista até à meta. O objectivo de ficar até ao minuto 30 foi conseguido por 2 segundos, mas a organização perdeu o meu tempo de chip o que me “obrigou” a continuar a pensar nos mínimos para BOSTON.

Roma (Março 2007)
3:38:29 (67,5kg)

Esta prova foi para mim uma autêntica aventura pois estive quase todo o período de treino lesionado e só consegui treinar nas últimas 5 semanas. Esta prova e o treino para ele teve o acompanhamento da revista  PSI Psicologia actual onde deixei o relato que aqui transcrevo: “Após terminar uma prova, ou tenho tendência a não valorizar a conquista do pequeno sonho, pensando no próximo sem comemorar o que acabo de conquistar, achando que os objectivos conquistados não têm história para além das sensações vividas no momento; ou remeto-me a criticas e avaliações do que poderia ter sido feito, e, de novo, me esqueço de agradecer às minhas pernas e à vontade firme de chegar ao final. Mas desta vez não tenho reparos a fazer a minha performance que ultrapassou todas as expectativas iniciais, que não eram muitas, depois da lesão sofrida em Janeiro. Esta lesão levou-me considerar, até às últimas 3 semanas, a desistência da prova. Mas ainda bem que decidi embarcar nesta aventura o que permitiu deliciar-me com as sensações vividas na prova de Roma: a partida e chegada junto ao grandioso coliseu; a passagem pela linda Basílica de S. Paulo; a entrada por breves momentos no Vaticano; sair de uma viela e dar de cara com a Piazza Navona; e finalmente TERMINAR. Agora sim posso começar a sonhar outra vez.”

Lisboa (Abril 2007)
3:35:31 (67,5kg)

Esta prova foi “a minha” loucura pois resolvi correr outra Maratona 28 dias depois de Roma. Mas em boa hora o fiz, pois apesar da Maratona Carlos Lopes estar pessimamente organizada (a pior que até hoje participei), tive os mimos de toda a GAFE que me escoltou em forma de estafeta durante toda a prova. Nunca mais me esquecerei de todo aquele “calor” e em especial dorsal do Pedro Oliveira “EXPRESSO DO ORIENTE FOLLOW-ME”.

 Porto (Outubro 2007)
3:48:32 (67,5kg)

Resolvi ir ao Porto novamente com a companhia do amigo Bento com o objectivo de” vingar-me” da prova de 2006. Bom mas a prova foi um completo desastre desportivo. O muito calor e falta de preparação adequada deram as mãos e brindaram-me com um grande sofrimento. A partir dos 30Km só pensava quando é que aquilo terminava. Mas em contrapartida todo o resto do fim-de-semana foi excelente em companhia de da família do BENTO que me tratou com fosse um dos seus. E por isso que digo que uma das coisas melhor que a corrida tem são os amigos que fui fazendo com ajuda dela.

Florença (Novembro 2007)
3:43:14 (67kg)

Esta prova surgiu obra do acaso por falta de “doping”. Depois da prova do Porto praticamente não treinei mas uns dias antes de Maratona de Florença o amigo Pedro Teixeira desafiou-me a acompanhá-lo. Pensei que rever a cidade e estar no meio do publico a tirar umas fotos ao meu amigo era um excelente programa para descontrair do trabalho da semana. E lá fui eu. Mas na dúvida levei os meus sapatinhos e no dia antes da partida resolvi inscrever-me na Maratona, não fosse dar-me a vontade de fazer parte do percurso ou a totalidade caso ficasse louco. E não é que fiquei mesmo louco. Esta foi a Maratona que fiz de forma mais descontraída, tentando gozar cada passada da prova. A prova tem uma excelente organização, um percurso muito bonito e fácil e quando passa no centro da cidade é um verdadeiro espectáculo. Fazer uma Maratona sem qualquer objectivo senão o chegar ao fim é muito bom e proporcionou-me umas mini-férias desportivas excelentes.

Londres (Abril 2008)
3:30:53 (65,5Kg)

Desde o princípio sonhava em fazer esta prova. Foi um fim-de-semana completamente descontraído aonde estive plenamente relaxado. Como se costuma dizer nas “nuvens”.  Sentia que estava aonde queria estar, aonde lutei para estar, e com amigos. A partir daqui só podia relaxar e absorver ao máximo todas as sensações. Foi, sem qualquer hesitação, a melhor maratona que corri até hoje. Ainda bem que em 2005 quando tentei participar nesta prova o sorteio me foi desfavorável. Estes anos permitiram-me participar noutras provas internacionais e assim ter padrões de comparação mais justos. Desde os primeiros metros há apoio da população, mas nada comprado com os km’s que se seguem: há locais aonde sentimos que vamos completamente levados ao colo pelo apoio da multidão. Principalmente quando chamam pelo nosso nome.

 Em termos desportivos foi excelente bati o meu record  (7 segundos) ajudado por o meu amigo Pedro Oliveira que só faltou levar-me às cavalitas até à meta.

Berlin (Setembro 2008)
3:23:47 (64,5kg)

Um prova perfeita. Bem organizada, com muito publico, com uma temperatura excelente, partida por obra do acaso junto às grandes vedetas da prova. Tudo isto resulta obviamente em record pessoal. É mesmo a prova mais rápida do circuito mundial. Mas esta prova teve o antes. Um centro de treino perfeito onde pela primeira vez pude treinar e descansar a sério e “curtir” a amizade dos meus amigos.

 SABEM É POR ALGUMAS DESTAS COISAS QUE GOSTO DE CORRER MARATONAS.

2 comentários:

César disse...

Excelente post!
Excelente percurso maratonista!
Então a história da maratona de Florença... é um mimo! (agora também ando sempre com os ténis, quando viajo):)
Fiquei cheio de vontade de participar nestas provas, embora esteja longe deste tipo de distâncias.
Boa continuação do percurso que tem traçado, de Kms e amigos!

Anónimo disse...

Senhor Presidente
Gafistas Sevilhanos
votos de uma óptima viagem e de uma excelente corrida.
abr.
AB - Tartaruga